A dona da história.
Título original: A dona da hitória
Gênero: comédia romântica
Tempo de duração: 90 min
Ano de lançamento: 2004
Direção: Daniel Filho
Cine-repórter: Aline Farias
Sinopse: Carolina, aos 50 anos de idade, tem a oportunidade única de se encontrar com ela própria, mas aos 18 anos. A partir de então, ela visualiza os diversos caminhos que sua vida poderia ter tomado, caso ela tivesse feito escolhas diferentes em sua juventude.
O filme é uma adaptação da peça A dona da história de João Falcão. O tema que faz a história se desenrolar já é, por si só, ousado e criativo: a crise da maturidade.
Carolina, interpretada por Marieta Severo em sua fase mais velha, passa por um momento de grande crise pessoal; sente vontade de voltar ao passado e mudar suas escolhas, construir uma nova história para sua vida. A protagonista é atordoada pelo amargor de seus sonhos não realizados e imagina que, talvez, tudo pudesse ser diferente e melhor; seu casamento está rotineiro e tudo a sua volta parece se opor aos desejos empolgantes e maravilhosos de sua mocidade.
Casada com seu primeiro amor, Luiz Cláudio (interpretado por Antônio Fagundes, na maturidade e Rodrigo Santoro,quando jovem), Carolina imagina uma série de possibilidades que poderiam tê-la feito uma mulher mais realizada. Enquanto seu marido tenta vender o apartamento e fazer uma viagem para Cuba, realizando um sonho antigo dele, ela entra em contato consigo mesma, nos seus 18 anos de idade (interpretada por Débora Falabella), no auge de sua emocionante e romântica juventude.
A jovem aparece como uma maneira de a protagonista repensar sua trajetória. Ela se pergunta aquilo que todos gostariam de saber: “Será que fiz a escolha certa?”, “Será que tudo poderia ser melhor?!”.
Carolina pensa em separar-se do marido, em destruir a linearidade de sua história a partir daquele instante. Ela quer simplesmente voltar a ser feliz como em sua juventude. Mas será que uma transformação valeria a pena?! É para responder essa questão que a sua versão mais nova surge na história.
Os episódios são construídos com os encontros das personagens em meados da década de 70 e nos dias contemporâneos. A jovem sonhadora, romântica e desmedidamente apaixonada age por impulso, faz tudo àquilo que seu coração indica como melhor, sem medir qualquer futura conseqüência. Quando mais madura, Carolina imagina ter sido inconseqüente e quer, de alguma forma, compensar isso.
As cenas se passam construindo o que aconteceria no futuro caso uma decisão diferente fosse tomada. Cada pequena mudança no passado altera completamente o destino que terá a personagem. Ela decide por situações como: dedicar-se ao sonho de ser atriz e não viver seu namoro com Luís Cláudio, namorar outro rapaz e assim por diante. Toda decisão, refletida em uma imensa transformação, faz Carolina decidir o que fazer de sua vida naquele instante.
O tema abordado no filme lembra a música Epitáfio (canção interpretado pelos Titãs com composição de Sérgio Britto), como diz o trecho: “Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer...”. A questão está sempre em torno disso: “devia ter...”.
Por falar em música, a trilha sonora de A dona da história, apesar de muito bem selecionada, tem pouca influencia na dramatização das cenas. Em contrapartida, a década de 70 é muito bem relembrada nos episódios em que se revive a juventude de Carolina.
Vale ressaltar que o amor do casal protagonista na juventude é realmente lindo e empolgante. As cenas são muito bem equilibradas entre o romance e a comédia. O próprio drama pessoal da vida da protagonista é convertido em um humor bastante envolvente, daqueles que fazem os apreciadores da comédia romântica manter um sorriso praticamente constante.
Uma frase que marca o pensamento de Carolina é "não é surpreendente o amor de sua vida aparecer justamente em sua vida?". É exatamente nesse ponto que se desenvolve a moral do filme. O que vale mais a pena? Se lançar sem medo sobre as regalias de tão grande e surpreendente coincidência que é encontrar e ter a oportunidade de viver plenamente uma verdadeira história de amor ou aproveitar intensamente tudo aquilo que a vida pode oferecer como experiência e recompensa de anos muito bem vividos? O filme mostra uma possível resposta para essa questão.
Elenco:
Marieta Severo: Carolina
Débora Falabella: Carolina - jovem
Antônio Fagundes: Luiz Cláudio
Rodrigo Santoro: Luiz Cláudio - jovem
Fernanda Lima: Maria Helena - jovem
Marcos Oliveira: Nicolau
Rodrigo Penna: Nicolau - jovem
José Carlos Pieri: Teles
Antônio Fragoso: marido
Ana Furtado: esposa
Giulia Gam: mãe de Carolina
Renata Sorrah
Jô Soares
Gabriel Braga Nunes
Daniel de Oliveira
Bianca Byington
Dedina Bernadelli
Charles Pavarenti
2 Comentários:
Às 10/22/2006 2:35 PM , Wânyffer Monteiro disse...
Mais uma ótima abordagem Line.
Você contou o necessário do filme deixando o desfecho para nós que não o vimos.
Ficou, mais=s uma vez, muito om.
Sou suspeita para falar né?
adoro você
beijão
Wan Monteiro
Às 1/21/2007 7:49 PM , Anônimo disse...
Vi esse filme muito bom!
A música Chovendo na roseira dá um toque bem especial ao filme!
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