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sábado, maio 26, 2007
Piratas do Caribe - No fim do mundo
Título Original: Pirates of the Caribbean: At World's End
Desde o vergonhoso “A ilha da garganta cortada” (1995), que quase afundou a Warner e a carreira de Geena Davis, pensou-se que nunca mais alguém teria a audácia para fazer filmes de pirata. Ainda bem que Gore Verbinski gosta de desafios e encarou essa empreitada. Inspirado em um brinquedo da Disneyworld, Piratas do Caribe ultrapassa as fantasias infantis e impressiona qualquer entusiasta. Contrariando as dúvidas da crítica e as maldições sobre filmes de piratas, Piratas do Caribe inovou, afinal, geralmente é a sétima arte que influencia os brinquedos temáticos e não o contrário. Empecilhos à parte, o trunfo desse longa, contra o qual nenhum brinquedo pode, se resume a uma pessoa: Johnny Depp.
No terceiro filme da trilogia, o capitão Jack Sparrow ressuscita dos mortos e junto com capitão Barbossa (Geoffrey Rush), capitão (acreditem se quiser!) Elizabeth Swann (Keira Knightely) e Capitão Will Turner (Orlando Bloom), lutam contra lorde Cuttler Beckett (Tom Hollander) que detém o comando do Flying Dutchman aliado ao almirante James Norrington (Jack Davenport) e a Davy Jones (Bill Nighy). Mas, para detê-los, nossos heróis precisam reunir os nove lordes piratas unindo-se, assim, ao capitão Sao Feng (Chow Yun-Fat). Entre omissões e traições a história se desenrola em um enredo fabuloso, pontos para Ted Elliott e Terry Rossio os roteiristas que conseguiram transformar um tema do parque da Disney em um genuíno e único filme de pirataria.
Você não foi o único que se surpreendeu ao notar que uma lenda grega é uma peça chave da série e que Jack é um lorde pirata. Elliot e Rossio preocuparam-se muito com um número grande de subtramas e enredos que, erroneamente, não foram inseridos no filme anterior, tornando o longa complexo demais. Algumas cenas, apesar de maravilhosas no âmbito visual, são um pouco sem sentido, afinal, porque Calypso se foi sem dizer a que veio? Talvez sua função fosse só provocar uma tempestade. E quanto ao capitão Sao Feng que morre cedo demais, enquanto Chow Yun-Fat ainda tinha muito talento a mostrar. Por outro lado, as cenas de Piratas 3 não deixaram a desejar, sendo emocionantes e divertidas ao mesmo tempo. No terceiro filme o roteiro utilizou-se de piadas físicas (o pirata anão e sua arma potente), diálogos espirituosos (“Larry”), momentos hilários (o que dizer do reencontro de Jack e sua mãe) e, é claro, ocasiões emocionantes (como o desfecho do romance de Elisabeth e Turner).Johnny Depp provou, mais uma vez, que transcende a profissão de ator. Ele não interpreta Jack Sparrow, ele é Jack Sparrow. Ele encarna o personagem e o vive de uma forma única e brilhante de modo a ser impossível seu jeito afetado e bêbado não se tornar o centro das atenções, afinal quem não foi cativado por esse pirata canalha e adorável. Depp transforma as falas, já excelentemente escritas, em bordões hilários, fazendo as mais desconexas frases tomarem sentido completo. Ele tornou capitão Sparrow fascinante, é impossível imaginar a trilogia sem Jack. O mais curioso é que a idéia inicial do personagem era de um pirata convencional, do tipo olho de vidro e perna de pau, mas Johnny estudou o papel e chegou à feliz conclusão de que os piratas não eram sóbrios ou necessariamente cruéis, mas se aproximavam mais dos astros de rock, inspirando-se, dessa forma, no guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, que, a propósito, ganhou o papel de pai de Sparrow no desfecho da série. Destaque para a cena em que Jack diz: “Você viu de tudo, fez de tudo e sobreviveu”, que mais parece uma frase de Johnny para o seu ídolo.Quando todos pensavam que o terceiro filme de uma trilogia não poderia se superar, eis que surge Piratas do Caribe – No fim do mundo, e mostra, como o próprio Johnny Depp já havia afirmado anteriormente, que “Nada do que eles façam me surpreende agora”. Verbinski e o diretor de fotografia Dariusz Wolski criam planos de perspectiva e beleza inimagináveis, com a rotação da câmera na virada de um navio de cabeça para baixo, a linda imagem das estrelas refletidas na água criando a ilusão de uma embarcação flutuando no espaço, a majestosa cena dos dois navios principais em guerra em meio a um redemoinho e se Verbinski pecou na cena em que em meio a um frio congelante Will e Gibbs aparecem com a camisa aberta e o segundo com as mangas levantadas, o cineasta se redime na cena em que, em câmera lenta, lorde Beckett percorre seu navio entre pedaços destroçados e sendo consumido pelo fogo. Aliadas ao talento do elenco, as cenas de aventura deixam o mais incrédulo dos expectadores de queixo caído. As cenas em alto-mar, tempestades, homens decepados, moluscos falantes, lutas de espada, órgãos à mostra, maquiagem, figurino e, com certeza, as pitadas de criatividade e improviso dos atores, não deixam a desejar. O que dizer da esplêndida cena do casamento de Turner e Swann que além de inesperadamente bem colocada dá um toque de amor em meio à eletrizante batalha. Com um design de produção impressionante, o terceiro filme paralisa com seus espetaculares cenários desde a fria Cingapura até a grandiosa Cidade dos Náufragos, passando por paisagens magníficas como a enorme cachoeira e o pôr-do-sol. Além de todos os fatores já citados não se pode esquecer a cena final que faz uma rima impecavelmente perfeita com o contexto de Jack Sparrow no primeiro filme.
Uma curiosidade, um executivo da Disney foi visitar o set de filmagens e ficou enraivecido com o que viu. Disse que Johnny Depp estava estragando o filme interpretando aquele pirata vagabundo e desengonçado. Gore Verbinski não cedeu aos seus brados. Sorte nossa.
Elenco:
Johnny Depp (Capitão Jack Sparrow)
Orlando Bloom (Wil Turner)
Keira Knightley (Elizabeth Swann)
Geoffrey Rush (Capitão Barbossa)
Johnantan Pryce (Governador Weatherby Swann)
Bill Nighy (Davy Jones)
Chow Yun-Fat (Capitão Sao Feng)
Tom Hollander (Lorde Cuttler Beckett)
Stellan Skarsgard (Bill Turner)
Kevin McNally (Joshamee Gibbs)
Jack Davenport (Almirante James Norrington)
Mackenzie Crook (Ragetti)
Lee Arenberg (Pintel)
Martin Klebba (Marty)
Greg Ellis (Tenente Groves)
Reggie Lee (Tai Huang)
David Bailie (Cotton)
Naomie Harris (Tia Dalma)
Sergio Calderón (Capitão Villanueva)
Keith Richards (Pai de Jack Sparrow)
Vc se empolgou, hein?! Um texto excelente diria até que quase digno do filme... Bom, considere isso um imenso elogio!!! =D Algumas descordâncias mínimas, mas muitos pontos com os quais concordo. Também me perguntei o que houve com a Calypso... Enfim, esse filme poderia tranquilamente ter uma continuação, mas acho que o ponto alto dele foi ter parado
caralho... realmente o deep arrasa...e eu num tô falando só do fato de ele ser sexy não..além de ser o ótimo ator que é..ele ainda melhora os personagens que interpreta..afinal se jack sparrow fosse só um pirata ''normal'' o filme não seria msmo o que é! se empolgou,hein,mana? tow orgulhosa da jornalista da familia cobain;)
putz! ótimo texto! Ainda não vi o filme, e acabei lendo alguns spoilers mas nada que estragasse muito a experiência! =P Mal posso esperar pra ver Johnny Depp como Sparrow novamente! beijos!
Wan, nunca vi nenhum dos 'piratas do caribe'. Mas fiquei com vontade de ver Depp fazendo Keith Richards, que é muuuuito mais que um bêbado. =PPP bjoss e parabéns pelo blog, que tá muito bonitinho. ;)
Ah, esse filme é ótimo. Não achei melhor do que os outros dois, mais achei muito bom. A atuação do Johnny Depp sem dúvida está ótima. Tanto que não conseguimos ver outra pessoa fazendo o papel de Jack Sparrow, a não ser o Johnny. Como o própio Gore disse, o filme não seria nada, se não fosse o Johnny :) Ele criou um personagem totalmente inusitado, e deu no que deu, sucesso atrás de sucesso..
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
10 Comentários:
Às 5/26/2007 2:24 PM , Aline Farias disse...
Vc se empolgou, hein?! Um texto excelente diria até que quase digno do filme... Bom, considere isso um imenso elogio!!! =D Algumas descordâncias mínimas, mas muitos pontos com os quais concordo. Também me perguntei o que houve com a Calypso... Enfim, esse filme poderia tranquilamente ter uma continuação, mas acho que o ponto alto dele foi ter parado
Às 5/26/2007 2:25 PM , Aline Farias disse...
(continuando...) O ponto alto foi ter parado onde parou.
Parabens mais uma vez pelo texto wanzinha. bjaum!
Às 5/26/2007 2:49 PM , Anônimo disse...
caralho...
realmente o deep arrasa...e eu num tô falando só do fato de ele ser sexy não..além de ser o ótimo ator que é..ele ainda melhora os personagens que interpreta..afinal se jack sparrow fosse só um pirata ''normal'' o filme não seria msmo o que é!
se empolgou,hein,mana?
tow orgulhosa da jornalista da familia cobain;)
Às 5/26/2007 2:56 PM , Anônimo disse...
to louca pra ver esse filme
wan
exeee
Às 5/26/2007 6:37 PM , Anônimo disse...
Oieee...
Nhaa quero muito ver o filme =/ mas tá faltando tempo pra isso!!!
Te amo xuxu
beijos
Às 5/26/2007 10:11 PM , Anônimo disse...
putz! ótimo texto!
Ainda não vi o filme, e acabei lendo alguns spoilers mas nada que estragasse muito a experiência! =P Mal posso esperar pra ver Johnny Depp como Sparrow novamente!
beijos!
Às 5/28/2007 6:16 PM , Anônimo disse...
empolgada heim???
ahahauha tah massa viu wan se garantiu!
mas tem como dizer q esse filme foi ruim?naum neh!!
ahauhau
te amu wan
bjus!
Às 6/03/2007 11:45 AM , ☆ Sandra C. disse...
Perfaaaaassss \o/
Ainda nem fui ver o filme, mas esse foi mais um review pra me deixar com mais vontade!
Às 6/06/2007 11:43 PM , Anônimo disse...
Wan, nunca vi nenhum dos 'piratas do caribe'. Mas fiquei com vontade de ver Depp fazendo Keith Richards, que é muuuuito mais que um bêbado. =PPP
bjoss e parabéns pelo blog, que tá muito bonitinho. ;)
Às 6/24/2007 11:25 PM , Anônimo disse...
Ah, esse filme é ótimo. Não achei melhor do que os outros dois, mais achei muito bom. A atuação do Johnny Depp sem dúvida está ótima. Tanto que não conseguimos ver outra pessoa fazendo o papel de Jack Sparrow, a não ser o Johnny. Como o própio Gore disse, o filme não seria nada, se não fosse o Johnny :) Ele criou um personagem totalmente inusitado, e deu no que deu, sucesso atrás de sucesso..
Beijão,
Nandy
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